Diário do Comércio Online – 24/11/2023

O grupo Consórcio Mineira da Sorte Loteria (CMSL) passou a operar oficialmente os jogos de loterias instantâneas, mais conhecidas como raspadinhas, e de loterias convencionais, da Loteria do Estado de Minas Gerais (LEMG). A Raspadinha, especificamente, chegou no mercado em Minas Gerais em outubro e contou com investimentos em marketing de cerca de R$ 30 milhões. Já os prêmios podem chegar a R$ 250 mil. Apenas o lote inicial prevê uma distribuição de R$ 132 milhões.

Formado pelas empresas IGT, Scientific Games e Saga BGI, a joint venture é uma nova aposta de fomentar o segmento de jogos legais pelo Estado, após o produto ter sido descontinuado no mercado mineiro por alguns anos. Com a obtenção da nova concessão pública em junho deste ano, o grupo passou a ter o direito de operar a marca em regime de exclusividade no território de Minas Gerais.

Com o objetivo principal de gerar recursos e destiná-los à promoção do bem-estar social no Estado, a LEMG pretende ofertar ampla variedade da Raspadinha. Para isso, a operação contará com distribuição ampla por pontos de venda em todo o Estado.

“Apresentamos um portfólio com quatro bilhetes de Raspadinha. Com prêmios de até R$ 250 mil, apenas o lote inicial prevê uma distribuição de R$ 132 milhões. Nosso objetivo é estar presente em mais de 3 mil pontos de venda nos primeiros seis meses de operação”, adianta o CEO da joint venture, Roberto Quattrini,

Grupo estudou o mercado mineiro para reformular a nova versão da Raspadinha

Para lançar os produtos em Minas Gerais, a CMSL realizou algumas pesquisas direcionadas com o intuito de reformular os jogos. Essas pesquisas, aliás, servem para alcançar a aderência dos apostadores no Estado. Entre as opções de bilhetes da Raspadinha há uma versão que custa R$ 2, outras duas com o preço de R$ 5 e uma de R$ 10.

Os bilhetes também ganharam um novo design e a probabilidade estatística de 25% estarem premiados a cada sorteio. Já, a estimativa é de que 100 mil prêmios estejam presentes em um montante de 400 mil bilhetes.

“É necessário ressaltar que a Loteria Mineira cumpre a sua missão, que é prover o Estado de recursos para aplicação nas políticas públicas. E, o mais importante, são recursos não tributários, ou seja, não resultam de cobrança de mais impostos”, enfatizou o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, por ocasião da assinatura da concessão.

Jogo é legal e tem reconquistado o mercado internacional

A produção dos jogos da Raspadinha são tradicionais e realizados em locais como Flórida, nos Estados Unidos, e Santiago, no Chile. Em ambos os países, assim como no Brasil, estes serviços estão em conformidade com os padrões de segurança da indústria e conta com autenticações, como a Certificação ISO 9001: 2015 para o Sistema de Gestão da Qualidade.

A Certificação ISSO 27001: 2013, que é para o Sistema de Segurança da Informação, e a Certificação ISSO 14001: 2015 para o Sistema de Gestão Ambiental são exigidas para o setor. Uma das mais recentes, aliás, é a 2016 para a Segurança da Informação Lotérica. Essa certificação é direcionada para a obtenção do padrão de Controle de Segurança (SCS) da World Lottery Association (WLA).

Com regulamentações rigorosas, a fabricação do produto envolve 16 camadas de impressão e quase 20 testes diferentes, sendo considerado um jogo legal no Brasil. Os bilhetes precisam incluir ciclos de lavagem, exposição ao tempo, ao calor, e que limitam a chance de falsificação.